O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encomendou pesquisa do Instituto Sensus sobre as eleições de 2010, que revelou um dado suspreendente: boa parte dos eleitores brasileiros já não lembra mais em quem votou nas eleições deste ano.
O esquecimento é maior em relação aos cargos de deputado estadual, no qual 23% dos eleitores entrevistados não lembraram o candidato escolhido na hora do voto. Em segundo lugar, com maior grau de esquecimento, foram os votos dados para deputado federal, onde 21,7% afirmaram que não se lembram. No caso de senador, o esquecimento ficou em torno de 20,6% dos entrevistados.
A pesquisa foi realizada por meio de duas mil entrevistas divididas nas cinco regiões do país e em 24 estados. Um sorteio aleatório selecionou 136 municípios dentro desse universo para entrevistar as pessoas logo após o segundo turno das eleições.
O estudo ocorreu entre os dias 3 e 7 de novembro e tem margem de erro de 2,2% para mais ou para menos. Os entrevistados tinham entre 16 e 70 anos com variação de escolaridade entre a 4ª séria do ensino fundamental e o ensino superior completo. A maioria dos entrevistados – 32% - declarou ter o ensino médio completo.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados qual o principal meio de comunicação utilizado para se informar sobre política e eleições. O resultado mostrou que 56,6% se informam principalmente pela televisão e 18,4% por meio de conversa com amigos e parentes. A internet apareceu em terceiro lugar com 9,9% a frente do jornal impresso; do rádio e de revistas.
Ainda sobre os meios de informação, 79% responderam que assistem com freqüência a TV Globo. Em seguida aparece a TV Record com 60,4%; SBT, com 37,8% e TV Bandeirantes, com 25,6%.
Questionados especificamente sobre a fonte de informação utilizada para se decidir quanto ao segundo turno, a maioria – 44,2% - afirmou que já estava decidido pessoalmente. Outros 18,8% afirmaram que debates entre os candidatos na televisão e no rádio contribuíram para a decisão. Em terceiro lugar apareceram os programas de candidatos na TV, com 15,5%.
Fonte: agência TSE
Ncessário indicar os seguintes pontos importantes dessa noticia: primeiro é a prejudicialidade das eleições majoritárias e proporcionais feitas no mesmo período; vemos que o excesso de cargos em disputa diminuem o interesse do eleitor, empobrecem o debatem e descredencia do Poder Legislativo, tornando-o um voto secundário.
Nessa mesma esteira podemos indicar que a internet é uma ferramenta valiosa no processo eleitoral e mesmo que incomparável à TV ainda é mais usada que outras mídias escritas e faladas e em um país em que o atraso digitál é tão pontual e regionalizado esse dado merece reparo.
Em terceiro lugar indico a atenção ao indice de recutramento de eleitores através do debates televisivos, achei que em uma eleição em que houve tantos debates eleitorais essa forma de campanha tivesse mais peso de escolha.
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